Após uma agitada e constantemente interrompida noite de sono, despertei, apto para mais um dia, a minha atenção virou-se para a actualidade e a verdadeira função da comunicação social, especilamente a televisiva.
Para quem é espectador assíduo de jornais televisivos, nos diferentes canais, não terá dificuldade em adivinhar qual o assunto falado no momento exacto em que liguei a minha televisão, quando me dirigi à cozinha, até porque a maior parte do jornalismo televisivo, relativo aos telejornais e afins, em portugal, diria até cerca de 90% de todo o jornalismo, dedica-se a três temas muito concretos mas que dão muito que falar, e aparentemente nunca é demais repetir, nunca acrescentando nada de realmente novo (ou pelo menos é esta a mentalidade de quem dirige a sua publicação).
Primeiro de tudo e como não podia deixar de ser, o caso "Freeport" e companhia limitada (incluindo o nosso caro PM, José Sócrates, e os seus amigos ingleses e do Ministério do Ambiente), e parece que nunca é demais sublinhar que o PM está supostamente envolvido e que não seria admissível o Primeiro-Ministro envolvido num escândalo, agora em jeito de aparte, não deixa de ser curioso que todas as polémicas tendem para se acumularem para os anos de eleições.
Segundo, e como não podia deixar de ser, a nossa cara Crise, que ja nos acompanha nos jornais televisivos do meio-dia, das 13 horas e no telejornal das 20 horas, ja à bastantes meses ocupando pelo menos 25 minutos da hora que o jornal televisivo tem de duração, como os seus repsectivos gráficos e estatísticas relativos à UE, nos quais para não fugir à regra, Portugal aparece sempre no final da lista (e em alguns casos aprece em primeiro, mas normalmente é nos que se referem ao défice e à taxa de desemprego), com as suas notícias constantes de encerramentos de empresas (a jeito de pensarmos que a mesma empresas fecha pelo menos 10 vezes, num espaço de cinco dias que assistimos ao telejornal), e claro as críticas ao nosso governo, que apenas lá estão porque parece que os portugueses adquiriram como dependência, criticar, insultar e ameaçar os políticos, é certo que é mais saudável que o tabaco, por exemplo, mas acho que não será também saudável de todo a nível psicológico.
E para finalizar, algo que está muito na moda, a Criminalidade, que para certas pessoas durante certos períodos, aparentemente abranda, estranho que estes períodos coincidem com os períodos em que, ou a Crise, ou o caso "Freeport", lhe roubaram todo o protagonismo nos telejornais e por isso não tiveram oportunidade de exibir vezes sem conta a mesma noticia de um assalto chocante e a respectiva gravação, não será isto um pouco de paranoia, e com isto não digo que a situação em relação à criminalidad em Portugal esteja melhor do que que é retratada nos meios de comunicação, porque efectivamente não está, a questão é que uma grande dos portugueses são um público demasiado influenciável a nivel mental por todas as noticias,
Para finalizar, dos 10% de jornalismo, que não se refere a estes três assuntos, apenas cerca de 5% é publicádo nos canais televisivos, pelo menos em horário nobre, e o resto fica acumulado para um dia cobrir uma falha técnica quando acontecer. É importante também dizer que normalmente ao fim-de-semana e segundas-feiras o futebol e as suas habituais criticas a arbitros e polémicas, tiram parte do protagonismo ao caso Freeport, à Crise e à Criminalidade
Comentem