Pessoalmente, não sou adepto de futebol aliás por vezes até o acho um pouco absurdo, no entanto certos jogos (os da nossa selecção) até sou capaz de suportar, e até esses já começam a cansar, a única razão pela qual continuo a assistir é para apreciar a recente farta barba do nosso seleccionador nacional, Carlos Queiroz.
Contudo até o desporto vai sofrer uma "renovação tecnológica" (deve ser a esta que Sócrates se referia nos seus discursos de campanha, e mesmo assim vem atrasada). Pois é, a FIFA pondera introduzir tecnologia de ponta no que é o deporto rei em muitos países, por exemplo, o "olho de àguia", que permite ver com enorme precisão o sitio em que a bola bate que já é utilizada há algum tempo no ténis, já foi também testado em Inglaterra e espera já a aprovação apenas. Pretende-se também aplicar o que é chamado pela imprensa a "bola inteligente" que consiste num microchip de menos de 15 milímetros colocado na bola e no instante em que ultrapassa a linha de golo, este chip envia um sinal, captado por antenas colocadas nas extremidades do campo. O sinal é remetido para um computador que, por sua vez, repassa a um receptor usado pelo árbitro. Tudo isso acontece em menos de um segundo. É ainda também estudada a utilização de cameras com especiais funções colocadas em pontos estratégicos.
Tudo isto numa primeira apreciação parece o fim de inúmeros problemas como o fim das polémicas de penalties, foras de jogo, etc... como também parece o fim dos escândalos de corrupção e parece por um fim, aqueles indivíduos que se divertem como ninguém a insultar uma televisão, ou caso estejam nas bancadas, a chamar todos os nomes possíveis ao árbitro mesmo não fazendo a mínima ideia do lance de jogo em causa porque, nesse momento encontravam-se no bar a "enfrascar-se" de cerveja (como não podia deixar de ser).
No entanto, no meio de tudo isto, tendo em conta o tipo de pessoas que constituem parte dos adeptos de futebol (refiro-me aos que insultam constantemente tudo e todos, sem perceber absolutamente nada de futebol), estas soluções inovadoras, seriam apenas benéficas para uma única pessoa, o árbitro, mas não pelas razões obvias. Ora, digo isto porque reparem, se tudo se passasse assim o árbitro seria um homem feliz, todas as atenções se virariam para a bola e a tecnologia e de repente ele passaria ser mais um "obstinado" dentro das quatro linhas, e não tenho quaisquer duvidas disso, porque reparem quantas vezes não ouvimos, aquelas pessoas indignadas por nada ganhar no Euromilhões, dizer que todo o esquema tá manipulado e que apesar do sorteio ser realista a máquina está viciada (talvez fosse bom alguém ensinar a estas pessoas o que são probabilidades), e o mais provável era que os insultos, que normalmente eram dirigidos única e exclusivamente ao árbitro, fossem também para uma bola e umas quantas cameras e afins, e por mais absurdo que isto pareça, acreditem é possível.
Para além disso o que normalmente eram polémicas entre Pinto da Costa (e respectivos assessores) e os árbitros, provavelmente seriam uns fabricantes quaisquer de microchips que começariam a andar com um bolso muito mais recheado e melhor acompanhados por "fruta", tudo isto segunda a mentalidade relatada, o que não exclui necessariamente que fosse uma irrealidade.
Devemos assim concluir que, de qualquer maneira, com ou sem tecnologia envolvida, existirá sempre comportamentos absurdos e ridículos no mundo do futebol e adeptos. Uma vez que o problema não se encontra no desporto em si, mas sim em parte dos seus adeptos, e sublinho, em parte dos seus adeptos, pois há também uma parte significativa de adeptos de futebol que não adoptam tais comportamentos absurdos e ridículos.